(26/01/2015) A Paranapanema, maior produtora brasileira de cobre, recebeu na manhã desta segunda-feira o governador da Bahia, Rui Costa, para visita às obras de recuperação estrutural da ponte de acesso ao píer do Terminal de Granéis Sólidos I – Norte (TGS I – N) do Porto de Aratu. A reforma, promovida por um grupo de usuários do porto a partir de iniciativa da Paranapanema, é fruto de uma parceria inédita do setor privado com a Companhia Docas do Estado da Bahia (Codeba) e permitirá a retomada das operações no berço norte do porto, paralisadas desde maio de 2013.

A Paranapanema, maior usuário do TGS I – N, está entre as principais investidoras do grupo que conta com a participação da Fertipar, Heringer e Timac Agro, empresas representadas pelo Siacan (Sindicato das Indústrias de Adubo e Corretivos Agrícolas do Nordeste). As obras de recuperação da estrutura, que deverão ser finalizadas até final de fevereiro, serão 100% financiadas pela iniciativa privada. Juntas, as empresas realizarão um investimento de R$ 3 milhões. A estimativa é de que as melhorias reduzam a fila de espera de navios em 10 dias.

“Esta parceria é um exemplo do desejo da iniciativa privada de contribuir para aumentar a eficiência logística brasileira. No caso da Paranapanema, que concorre com players internacionais, a infraestrutura portuária é extremamente relevante para que a companhia alcance custos competitivos. Outro destaque extremamente relevante é o papel de facilitador que a Codeba vem desempenhado desde o início, que nos permitiu chegar a esse modelo inovador de parceria para a concretização do projeto. Temos certeza de que os benefícios desta ação alcançarão todos os usuários do porto e a indústria baiana, no geral”, explica o presidente da Paranapanema, Christophe Malik Akli. A empresa movimenta cerca de 730 mil toneladas por ano nos portos baianos, sendo 85% em Aratu, onde a companhia recebe o concentrado de cobre, matéria prima para a produção do cobre metálico.

A ponte para o terminal está interditada para o tráfego de caminhões há mais de um ano e meio, impossibilitando a realização de operações portuárias de importação pelo berço norte. Com as obras, o Porto de Aratu deve recuperar em 33% sua produtividade, a partir do reequilíbrio das operações nos berços e a consequente diluição das atividades do Terminal de Granéis Sólidos I – Sul (TGS I – Sul) e do Terminal de Granéis Sólidos II (TGS IIA), que estão absorvendo a demanda do berço norte desde a interdição do acesso.

Os reparos compreendem a retirada da laje atual, que está danificada, e a construção de uma nova estrutura. As vigas que sustentam a laje estão preservadas e serão mantidas. Os serviços estão sendo executados pela empresa baiana AJL Engenharia.