EDSON MONTEIRO ASSUME COMANDO DA PARANAPANEMA

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A Paranapanema oficializou ontem que Edson Monteiro assume hoje a presidência da companhia como interino. O executivo ficará no lugar de Luiz Antonio de Souza Queiroz Ferraz Júnior, que renunciou ao cargo no fim do ano passado. Monteiro, que era vice-presidente da empresa, também foi diretor do Banco do Brasil e presidente interino da Previ, maior acionista da Paranapanema, com 24% do capital da empresa.

“Agora, os acionistas e representantes do conselho buscarão uma forma transparente de definir a sucessão”, afirmou Monteiro ao Valor. O novo presidente disse que os atuais executivos da empresa, incluindo ele, podem participar do processo para comandar a companhia.

Monteiro assume a Paranapanema em um momento de mudanças, após uma reestruturação que incluiu o realinhamento estratégico da companhia, com foco maior na produção de transformados de cobre, e em meio ao projeto de investimentos de R$ 1 bilhão que teve início em 2010.

O projeto tem como um de seus objetivos justamente elevar a produção dos semimanufaturados de cobre e inclui a modernização da fábrica da empresa na Bahia, com previsão de conclusão ainda neste primeiro semestre do ano. O plano também abrange investimentos em uma fábrica de tubos de cobre em Santo André (SP), atualmente em fase de montagem, que produzirá 30 mil toneladas ao ano também até o fim deste semestre.

No entanto, a última parte do projeto, que são investimentos nas unidades de laminação a quente em São Mateus (ES) e a frio em Utinga (BA), ainda está em revisão e pode atrasar a meta inicial da companhia de conclusão dos aportes até o ano que vem. “A data-alvo de conclusão do projeto continua sendo 2014, mas não está definido que terminaremos até lá”, disse Monteiro.

Segundo ele, a empresa está revendo premissas e dados mercadológicos para levar uma proposta de investimento ao conselho. O objetivo é elevar a produção de laminados para 55 mil toneladas ao ano, 30 mil toneladas acima das 25 mil atuais.

“Com esse ciclo todo fechamos uma etapa da empresa”, afirmou o executivo. Ele diz que tem boa perspectiva para o ano, considerando que o dólar está num patamar adequado e que medidas recentes do governo para proteger a indústria melhoram o cenário para a Paranapanema. “Ficamos na expectativa de aproveitar este momento”. A meta de crescer 4% acima do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro neste ano está mantida.

Já o plano de mudar o nome da empresa, para que possa ser mais facilmente pronunciado por investidores estrangeiros, não está entre as prioridades. “E este não é nosso maior problema”, afirmou. O grande desafio pela frente é melhorar o desempenho da empresa. “Além de fazer cobre bom, queremos passar a fazer cobre bem”.

O executivo diz que buscará aumentar a eficiência da empresa com menor custo possível e que pretende “retomar a credibilidade com os acionistas”. No terceiro trimestre de 2012, a Paranapanema teve prejuízo de R$ 177 milhões.

Em relação ao objetivo de atuar em mineração de cobre, Monteiro disse que um dos quatro projetos que vinham sendo estudados foi declinado por ainda estar em fase inicial. “Dentro do nosso alinhamento estratégico queremos voltar a este tema, mas certamente não vamos investir em pesquisa de prospecção de minas.” (OA)